O conceito das necessidades do animal de estimação, principalmente o cão, mudou na última década. Os donos, além de se preocuparem com a alimentação, hoje procuram uma infinidade de tratamentos. Alguns para o bem dos animais, outros por um simples capricho. "O que prejudica qualquer tipo de relação é o exagero. Colocar toda a responsabilidade no cão, na expectativa de suprir carências afetivas, é um grande erro e quase sempre prejudica tanto o dono quanto o animal", destaca o veterinário Alessandro Piatto.
Petiscos
Petiscos são muito bem-vindos, inclusive como forma de "recompensa" ou "agrado" pelas boas atitudes dos cães. Porém, substituir a alimentação equilibrada de uma ração por esses petiscos pode prejudicar suas necessidades nutricionais, seus dentes e órgãos. O mesmo vale para quem substitui água por refrigerante para cães. Sabe-se que os componentes químicos desse produto, como os conservantes, não fazem mal à saúde do cão se forem ingeridos esporadicamente, mas podem ser muito prejudiciais se consumidos em demasia.
Acessórios
Os acessórios podem até ser úteis para os cães, como guias com lanternas, guias com guarda-chuva para passeios, coletores que facilitam pegar e descartar em lugares adequados as sujeiras que os bichinhos fazem nas ruas, mas alguns ainda não provaram sua eficiência.
Sapatos
Os sapatos, em sua maioria, são desconfortáveis para o cão. Alguns não protegem e ainda prejudicam a postura e o equilíbrio. "O dono que desejar calçar seu cão na expectativa de não sujar as patas do animal deve procurar sapatos confortáveis, anatômicos, e principalmente treinar os cães desde filhotes, para que eles não se machuquem", alerta o veterinário.
Higiene
Higiene e estética são muito importantes para o sucesso do convívio, mas devem obedecer à moderação. Os banhos são permitidos e indicados, pois significam limpeza e higiene para o cão e para o dono. Também evitam as bactérias da pele e parasitas que possam afetar os animais. Mas sem exageros. Para os cães que vivem dentro de casa, o banho deve acontecer no máximo uma vez por semana. Para os que ficam do lado de fora, os intervalos devem ser de quinze dias a um mês. Mas é claro que é preciso consultar um veterinário, para que sejam levadas em conta as peculiaridades do animal.
Tinturas
Elas ainda são polêmicas. Existem as específicas de cães, que, em virtude de sua química, podem causar alergias em alguns animais mais sensíveis. Dr. Alessandro lembra que algumas levam em sua composição anilina dissolvida em álcool, o que pode ressecar os pêlos, causar rachaduras na pele, provocar problemas respiratórios e levar à morte, em casos mais extremos. Há ainda aqueles que usam a tintura própria para pessoas, o que é extremamente desaconselhável, pois não são conhecidos os efeitos dessa química na pele dos cães, que é muito diferente da dos humanos.
Roupas
As roupas são muito úteis para alguns cães no frio, mas é importante escovar os pêlos assim que tiradas, para evitar que se formem nós. Não há necessidade de colocar roupas em cães peludos e que ficam dentro de casa. Se você tem dúvidas sobre o que pode ou não fazer mal a seu bichinho, procure sempre um veterinário. "São muitas as situações em que a propaganda ou uma bonita embalagem nos convence a usar novos produtos, mas, muitas vezes, eles não foram testados o suficiente para serem usados", ressalta Alessandro.
Fonte: Site Mais Você
Dr. Alesandro PiattoFone: (11) 6347-3340 filhotesonline@globo.com
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