quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O que você perde com um cachorro?


Achei esse texto no Blog Redestimação, não poderia deixar de postar aqui!! Muito, muito lindo e verdadeiro.


PS. As fotos são dos meus bebês (Laila, Rick e Puppy).


Desde que os conheci, perdi horas de sono, sapatos, papéis importantes, vasilhas, fios, livros.... Perdi a liberdade de deixar minhas coisas espalhadas por onde quisesse. Perdi tempo limpando sujeiras pela casa, no sofá, na cama. Desde que os conheci, perdi a voz repetindo por centenas de vezes “não pode!”. Perdi a paciência, repreendi, xinguei, eduquei. Desde que os conheci perdi a hora de sair me justificando para eles que logo voltaria. Perdi também a liberdade de receber qualquer pessoa em casa, pois para entrar é obrigatório que goste de cachorros.

Desde que os conheci, perdi a paz de sair de casa e passei a me preocupar com o tempo que passava fora, a sentir o coração apertado ao ir trabalhar e a me culpar por sair para o lazer sem levá-los. Quem tem um cachorro, sabe exatamente do que estou falando. Só que no meu caso, todas a emoções foram multiplicadas por três.

Na dor angustiante de perder uma grande companheira, a Lua, uma cadelinha que ficou ao meu lado por 11 anos, assumi a responsabilidade de adotar três filhotes. Amor por animais sempre senti, mas a princípio os adotei para minimizar o vazio gigantesco da partida de minha grande amiga. Pois bem, os três chegaram bagunçando a minha casa toda novinha, mordendo e roendo móveis, espalhando xixi por todo o canto. Mesmo com todos os contras, os prós foram maiores. Eram três bolinhas peludas, carinhosas e carentes.

Meus novos bebês pediam atenção praticamente durante todo o dia. Os gastos iniciais com vacinas e veterinários não estavam calculados, mas vamos lá. Os gastos com a reposição de tudo que estragaram também não foram planejados, mas paciência.... Os olhinhos fixos aos meus, em vigilância constante de meus passos, foram a prova do que eu já imaginava: represento tudo na vida deles. Além de amor incondicional, devotam enorme confiança no que ofereço e faço, sem jamais questionarem a procedência do que dou para comer, beber ou brincar. Mais que amor, idolatria. Com isso, também me ensinaram. Nunca fui tão importante em minha vida. Mesmo no caso da Lua ou da Kika, minhas primeiras cachorras, pois na casa de meus pais eu era só mais uma. Agora eu sou realmente tudo para esses pequenos e adoráveis seres. Claro que tem meu marido, mas me sinto a mãe desses filhotes, que retribuem com um amor incondicional que filho algum conseguiria ter.

Desde que os conheci, já não conto o valor do que destroem, mas a alegria de vê-los crescendo. Desde que os conheci, tenho a certeza de que pagaria o preço que fosse para vê-los felizes. Desde que os conheci, descobri em mim uma capacidade enorme de amar e de abrir mão de qualquer objeto, me preocupando apenas se aquilo que mastigaram pode fazer mal. O que estragaram, compro de novo, contanto que estejam bem. Se você não gosta ou não tem um cachorro, não sabe o que está perdendo. Não faz nem ideia.... 


2 comentários:

Anônimo disse...

Que texto mais lindo e maravilhoso, só quem tem mesmo esses queridos sabe o que é ter esse sentimento que é indescritível!

Beijão amiga!

Deina Toledo disse...

Sem comentários, nem preciso dizer que estou chorando depois de ler né, rs?!!!! ? E mesmo com pouco espaço adotei mais um, que me acompanhou na caminhada diária por quase 1 hora, ainda novinho (segundo o veterinário, uns 6/7 meses). Até parece que depois desse percurso todo eu ia fechar a porta na carinha do bichinho. Já é a nova paixão da casa. Onde vivem 2, vivem 3, ou 5 se contar eu e o marido, oun 6 se contar minha calopsita de 7 anos, rs. Mas numa coisa eu concordo: só quem tem (teve) e é apaixonado por esses peludinhos é que consegue entender quando os comparamos a filhos. Beijão! Dê

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